A atriz de 17 anos volta à tevê em O Clone, conta que perdeu amizades por causa do trabalho, mas fez de ídolos de infância seus amigos
Thaís Fersoza está freqüentando reuniões de um grupo de ajuda a viciados em drogas. Nesses encontros, os participantes têm algo em comum: todos chegaram ao fundo do poço, geralmente atraídos pela cocaína. Mas a atriz de 17 anos nem bebe. Thaís estuda o comportamento dos dependentes, suas reações e o que são capazes de fazer por mais uma dose. As reuniões têm ajudado a atriz a compor Telminha, personagem que interpretará na terceira fase de O Clone, como a filha patricinha de Olavinho (Victor Fasano) e Lidiane (Beth Goulart). Telminha descobre a cocaína, passa a usá-la nos fins-de-semana, mas consegue livrar-se do vício. Começa, então, a fazer campanha contra as drogas.
“Ela tem um problema de relacionamento com os homens. Não se acha capaz de atrair alguém. Mas não sei se ela se droga por isso”, explica a atriz, que abandonou o tom vermelho nos cabelos adotado para fazer uma punk em Estrela-Guia. Thaís conta que nessas reuniões viu de perto como os dependentes ficam mental e fisicamente quando vencidos pelo uso das drogas. Além de participar das reuniões, Thaís tem visto muitos filmes sobre o tema, como Traffic.
"Me lembro daquela menina com a maior vontade de ganhar o papel. Falei para ela ter calma e dei meu telefone, caso ela precisasse de algo”, conta Susana Werner, que assistiu ao teste de Thaís para Malhação há cinco anos.
Essas reuniões integram a agitada agenda de Thaís. Desde que foi convidada para um teste para Malhação, em janeiro de 1997, divide o tempo entre o colégio, as gravações, as aulas de inglês (duas vezes por semana) e ginástica localizada. São duas horas por dia de malhação com um personal trainer, nas quais tem o dever de fazer mil abdominais. O dia começa às seis da manhã e não tem hora para acabar. “Sei que levo uma vida diferente da maioria dos adolescentes, mas foi a vida que eu escolhi”, diz ela. O tempo livre é gasto com pilhas de vídeos e idas ao cinema. Thaís não curte boate, mas adora dançar. Como faz? “Ligo o som nas alturas e danço feito uma louca”, conta.
A escassez de tempo também provocou estremecimentos em suas antigas amizades. A relação com a melhor amiga, vizinha de porta em seu prédio, está fria. O grude de antes cedeu espaço aos compromissos profissionais de Thaís. Resultado: um distanciamento que transformou a amizade em cumprimentos formais no elevador. “Éramos muito amigas, mas acabamos nos afastando. Ela ficava o dia inteiro lá em casa e agora eu fico no Projac.”
Mas o trabalho também a levou a tornar-se amiga de ídolos de infância. Como Susana Werner, que a chama de “filhinha”. Ou André Marques, a quem Thaís encontrou por acaso durante esta entrevista, feita no Jardim Botânico do Rio. André diz, brincando, que não aprovou o antigo namorado de Thaís Fersoza. Perguntada sobre quem seria o rapaz, Thaís ri, disfarça, mas não entrega o jogo. “Estou enrolada, mas não estou namorando”, diz.
A aproximação com Susana Werner aconteceu no Projac. No dia do teste para o papel de Ângela, de Malhação, Susana encantou-se com a garota de 12 anos encolhida num canto do estúdio e foi lá dar-lhe as boas vindas. Aproveitou e deu algumas dicas. “Eu me lembro até hoje daquela menina superbonita, com a maior vontade de ganhar o papel. Falei para ela ter calma e dei meu telefone, caso precisasse de alguma coisa. Hoje ela está aí, na novela das oito”, comemora, orgulhosa, Susana.
Fonte:Isto é Gente Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário